Herpes simples é uma infecção viral comum, causada por dois tipos principais do vírus herpes simplex: o tipo 1 (HSV-1) e o tipo 2 (HSV-2). Ambos podem afetar diferentes áreas do corpo e provocar sintomas parecidos, o que gera dúvidas entre os pacientes.
Neste artigo, explico as principais diferenças entre os dois tipos, formas de contágio, sintomas e orientações sobre diagnóstico e tratamento.
Herpes tipo 1 (HSV-1): mais comum na região oral
O HSV-1 é tradicionalmente associado a infecções na região da boca, como as conhecidas “feridas nos lábios” ou “herpes labial”. Ele costuma ser adquirido ainda na infância, geralmente por contato direto com saliva contaminada.
Apesar de ser mais comum na face, o HSV-1 também pode causar lesões genitais, especialmente quando transmitido por sexo oral. A infecção pode ser assintomática em algumas pessoas, mas em outras provoca formigamento, vermelhidão, bolhas e dor.
Herpes tipo 2 (HSV-2): predominante na região genital
O HSV-2 é o tipo mais frequentemente associado às infecções genitais. É transmitido principalmente por meio do contato sexual com uma pessoa infectada, mesmo que ela não esteja apresentando lesões visíveis no momento.
As lesões genitais causadas por HSV-2 são geralmente mais recorrentes e podem causar desconforto significativo. Assim como o HSV-1, o vírus permanece “adormecido” no corpo e pode reativar-se em momentos de imunidade baixa ou estresse.
Ambos os tipos podem causar infecções genitais
Embora cada tipo tenha uma preferência por determinada região do corpo, não há uma divisão absoluta. Isso significa que o HSV-1 pode causar herpes genital, e o HSV-2 pode, embora mais raramente, aparecer em regiões orais. A principal diferença entre eles está na frequência e gravidade dos surtos: o HSV-2 tende a ter recorrências mais frequentes quando afeta a região genital.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico, mas pode ser confirmado por exames laboratoriais, como cultura viral, PCR ou sorologia. É fundamental consultar um médico urologista para avaliação dos sintomas e para diferenciar herpes de outras enfermidades com lesões parecidas.
Embora não exista cura para a infecção pelo HSV-1 ou HSV-2, o tratamento com antivirais (como o aciclovir) ajuda a aliviar os sintomas, encurtar a duração das crises e reduzir a frequência dos surtos. O uso de preservativos também é essencial para prevenir a transmissão.
Quando procurar um urologista?
Diante de sintomas como bolhas, ardência, dor ou desconforto nas regiões íntimas, ou se houver suspeita de herpes genital, o ideal é procurar um urologista o quanto antes. O diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado fazem toda a diferença na qualidade de vida do paciente e na prevenção de novas transmissões.