Adrenalectomia na remoção da glândula suprarrenal

A adrenalectomia é procedimento cirúrgico realizado para remover a glândula suprarrenal, quando há o surgimento de doenças adrenais, como tumores sólidos, que são originados por diversos componentes da glândula. Mas essa técnica só é realizada quando esse órgão estiver alterado em textura ou tamanho no exame de imagem e se houver o acometimento renal extenso ou em casos de câncer de pólo superior.

Quando é indicado a adrenalectomia?
A adrenalectomia costuma ser indicada em tumores sólidos adrenais que são classificados de acordo com o local de origem (tumores medulares, corticais e outros tumores mais raros originados de vasos, nervos e do estroma); conforme o risco de malignidade e segundo o perfil hormonal (tumores funcionantes e não funcionantes).

Independente de manifestações clínicas e do tamanho do tumor, é indicado que seja investigado o perfil hormonal do tumor. Isso porque cerca de 20% das pessoas com “incidentaloma” de adrenal apresentam alguma disfunção hormonal subclínica, podendo representar maior risco para desordens cardiovasculares e metabólicas.

A partir dessa avaliação, consegue-se verificar se há necessidade do paciente ser submetido ao tratamento cirúrgico, visto que traz implicações anestésicas e clínicas, principalmente em relação ao equilíbrio hidroeletrolítico e a pressão arterial sistêmica. Entretanto, há um consenso de que todos os tumores medulares funcionantes ou corticais devem ser removidos cirurgicamente.

Como é feita a adrenalectomia?
A incidência de metástases adrenais em câncer acomete cerca entre 4,3% e 5,7% das pessoas. Nesses casos, é possível remover a glândula adrenal por meio de incisão na parte superior do abdômen. Assim, o cirurgião consegue visualizar o tumor de forma clara para analisar se há disseminação da doença. A partir disso, é possível dar mais espaços para retirar tumores maiores, que tenham acometidos outros órgãos, tecidos, gordura e músculos próximos.

Adrenalectomia laparoscópica
A adrenalectomia laparoscópica é considerada o padrão-ouro da cirurgia adrenal. Isso porque essa técnica costuma trazer ótimos resultados de cura, igualados com a cirurgia aberta. A vantagem maior é o fato desse procedimento laparoscópico traz menor tempo de recuperação e menor morbilidade. Atualmente, as únicas contraindicações para não realizar esse método na glândula adrenal é em casos de tumor localmente invasivo ou tumor volumoso.

Essa cirurgia funciona da seguinte forma: Insere o laparoscópio (tubo fino, que tem uma pequena câmera na extremidade) por meio de uma pequena incisão no abdômen. Logo após, outros instrumentos são inseridos no paciente para que seja retirada a glândula suprarrenal. Mas não é preciso se preocupar com o método, visto que a adrenalectomia laparoscópica é uma cirurgia minimamente invasiva. O que leva a pessoa a se recuperar de forma mais rápida.

A adrenalectomia precoce costuma ser a única chance de cura de pacientes com carcinoma adrenal, uma vez que, na maioria dos casos, os indivíduos com essa patologia costumam ter sobrevida de 19% a 30% em cinco anos. Por isso, é necessário a intervenção cirúrgica para que paciente possa ter o desaparecimento dos sintomas e de sinais, que tendem a ser marcantes no decorrer desses tumores.

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