A bexiga hiperativa é uma síndrome caracterizada pela necessidade urgente de urinar com ou sem incontinência de urgência. Essa condição geralmente está acompanhada do aumento na frequência miccional e nictúria, sem causa metabólica ou local. Para chegar ao diagnóstico, é preciso fazer exames laboratoriais, de imagens e avaliação urodinâmica para descartar a existência de outras enfermidades que causam a condição, como formação de cálculo renal, diabetes, tumor de bexiga, entre outros.
Quais são as principais causas da bexiga hiperativa?
Há diversas teorias que tentam explicar a presença da bexiga hiperativa e acredita-se que pode existir mais de uma causa dessa síndrome:
» Diminuição da resposta inibitória do sistema nervoso central
Algumas doenças neurológicas podem reduzir o controle inibitório suprapontino e os impulsos aferentes de baixa intensidade, como pequeno enchimento da bexiga, gerando contrações vesicais involuntárias.
» Hipersensibilidade à acetilcolina (ACh)
Também conhecida como “teoria migênica”, ela defende que alterações morfológicas do detrusor tornam exageradas respostas contráteis medida pela ACh. A hipertrofia do detrusor está presente em condições como envelhecimento e obstrução infravesical, podendo induzir a formação de áreas de denervação e a hipóxia crônica. Assim, essas áreas tendem a apresentar uma maior sensibilidade a neurotransmissores, como a ACh, quem podem originar contrações involuntárias.
» Ativação de fibras sensoriais C
Essas fibras são desmielinizadas e costumam ser latentes ou silenciosas, pois não participam do reflexo miccional em situações normais. Mas, após uma interrupção do arco reflexivo normal e lesão medular, as substâncias, como fator de crescimento neural, começam a estimular as fibras C (que as tornam a principal via de estímulos aferentes).