A ressecção transuretral da próstata (RTUP) é uma das cirurgias mais realizadas, visto que é considerada o padrão-ouro para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB). O objetivo principal desse procedimento é realizar a desobstrução da uretra, geralmente em 25% dos homens acima de 60 anos de idade, quando comprimida pela próstata.
Aproximadamente 50% dos indivíduos acima de 65 anos apresentam queixas decorrentes de obstrução prostática e mais de 90% depois de 80 anos. Por isso, ela é indicada em pacientes que têm próstata aumentada e que apresentam muita dificuldade para urinar ou em homens que estejam utilizando sonda urinária de forma contínua.
O que é hiperplasia prostática benigna?
A hiperplasia prostática benigna é uma condição clínica que atinge mais de 50% dos homens a partir dos 60 anos de idade. Ela inicia-se como uma proliferação do estroma, músculo e epitélio da região periuretral, acarretando na obstrução do fluxo urinário, hipertrofia do detrusor e elevação da pressão vesical. Em estágio avançado, o detrusor pode falir e levar o indivíduo a complicações mais sérias, como insuficiência renal aguda, retenção urinária aguda e litíase vesical.
Como é feita a ressecção transuretral da próstata?
Normalmente, o paciente precisa ser internado no dia que fará a cirurgia, sendo submetido à anestesia raquidiana e a um sedativo para que ele consiga relaxar durante o procedimento.
A partir disso, é feita a cirurgia endoscópica minimamente invasiva por via uretral para alcançar a próstata. Logo após, resseca-se o adenoma prostático e efetua-se a retirada dos fragmentos. Depois, o paciente é encaminhado para a sala de recuperação e, em seguida, levado ao quarto.
Depois da cirurgia, é comum algumas pessoas sentirem desconforto e uma vontade constante de urinar, mas essa sensação pode ser reduzida ao aplicar uma medicação intravenosa, visto que o indivíduo estará com soro por via venosa e com sonda vesical.
Quando é indicada a ressecção transuretral da próstata?
Esse procedimento é indicado em pessoas que não têm boa resposta ao tratamento com medicamentos e em pacientes que já possuem complicações da HPB, como divertículos da bexiga, prostatite crônica, cálculos na bexiga ou infecção urinária de repetição.
Ao realizar a ressecção transuretral da próstata é percebido que os pacientes apresentam melhoras dos sintomas e do fluxo urinário. Já as complicações só acontecem em cerca de 5% dos casos.
A escolha adequada para o tratamento da HPB precisa ser feita em conjunto com o médico urologista. Assim, fica mais fácil aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.