Pieloplastia na reconstrução da junção ureteropiélica

A pieloplastia é a técnica cirúrgica mais utilizada para fazer a reconstrução da junção ureteropiélica. Nesse procedimento, é retirado o segmento ureteral piélico patológico para criar uma transição entre a pelve renal e o ureter cujo formato é afunilado, permitindo que a urina seja drenada de forma correta. Esse método é indicado em qualquer causa de obstrução urinária, seja ela intrínseca, compressão extrínseca por vasos anômalos ou angulação acarretada por bandas fibrosas. 

O que pode ser tratado com a técnica da pieloplastia? 

A pieloplastia serve para tratar a estenose da junção pieloureteral em pacientes que têm obstrução sintomática, como infecção urinária, dor abdominal ou lombar, sintomas gastrintestinais e tumoração abdominal. Nesses casos, é possível fazer a cirurgia aberta, laparoscópica ou endoscópica.

Essa enfermidade era mais comum de ser detectada na infância e na adolescência, visto que os indivíduos se queixavam dos sintomas. Contudo, o surgimento de novas tecnologias, essa obstrução tem sido cada vez mais detectada no período pré-natal, no qual está associado a 40% dos casos de hidronefrose.

Outro dado importante é que essa enfermidade é mais frequente em pessoas do sexo masculino. A estenose também costuma atingir mais o lado esquerdo do corpo, correspondente a 60% dos casos. Contudo, a patologia também pode ser bilateral, em cerca de 10% e 40% dos enfermos. 

Técnicas e via de acesso empregadas nas pielosplastias

Cirurgia aberta

Nesse procedimento, as incisões podem ser feitas por flanco, acompanhando caudalmente as extremidades da 11º ou da 12º costela. Elas dão acesso ao espaço retroperitoneal com uma ótima exposição da via excretora. Outra opção é fazer a incisão por via lombar. Essa técnica costuma ser menos dolorosa e ajuda o médico a realizar correções simultâneas de estenoses bilaterais. Mas eles não são muito convencionais em casos de implantações altas do ureter, rins ectópicos, pelves renais anteriorizadas e reoperações.

Técnicas empregadas

A pieloplastia desmembrada ou pieloplastia a Anderson-Hynes é realizada por meio do segmento estreitado da junção pieloureteral (JPU), quando é feita sua remoção e uma anastomose entre a pelve renal e o ureter sadio. Nesse procedimento, é possível retirar os cálculos, remover o excesso das pelves que estão muito dilatadas e transpor os vasos sanguíneos polares que estejam comprimido a vía excretora. 

Outros métodos ajudam remover o segmento estreitado da JUP. Na pieloplastia em Y-V  é feita a abertura longitudinalmente da via excretora a partir da pelve renal, ultrapassando a JUP, que está obstruída, até chegar no ureter sadio. Dessa forma, satura-se um retalho mobilizado da pelve, que é confeccionado um segmento da via excretora, com ajuda de uma luz adequada. Essa técnica é indicada quando o ureter sadio está distante da pelve, visto que o retalho permite fazer a confecção de um conduto longo de ligação entre as duas partes da via excretora. 

Pieloplastia por laparoscopia 

Essa cirurgia costuma ser menos invasiva e pode ser feita por via transperitoneal e retroperitoneal. A pieloplastia por laparoscopia é uma indicada em crianças maiores, visto que costumam ser um método mais vantajoso do que as incisões de cirurgias abertas, mas o médico costuma dizer qual o procedimento mais indicado para o paciente.

As técnicas de pieloplastia feitas por via laparoscópica ou aberta são consideradas bastante eficiente para a correção da obstrução da junção pieloureteral (JUP). Mas, para obter o sucesso da cirurgia, é importante contar com a ajuda de um urologista especialista no assunto e que seja habilitado para realizar todos os procedimentos com maior segurança e tranquilidade para o paciente.

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