O câncer de testículo representa aproximadamente 5% das malignidades urológicas e cerca de 1% de todos os tumores em homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Embora seja considerado raro, é o tumor sólido mais comum entre homens jovens, especialmente na faixa etária de 15 a 35 anos de idade. O diagnóstico precoce é fundamental, pois as chances de cura são elevadas quando o diagnóstico é realizado nos estágios iniciais da doença.
Fatores de risco
Alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer testicular:
- Criptorquidia: enfermidade em que um ou ambos os testículos não descem para o escroto durante o desenvolvimento fetal.
- Histórico Familiar: parentes de primeiro grau com câncer de testículo elevam o risco.
- Idade: homens entre 15 e 35 anos são mais suscetíveis.
- Etnia: a incidência é maior em homens brancos.
Sintomas
- Nódulo ou aumento de volume em um dos testículos, geralmente indolor.
- Sensação de peso ou desconforto no escroto.
- Dor surda na região abdominal inferior ou na virilha.
- Acúmulo súbito de líquido no escroto.
Diagnóstico
Ao notar qualquer alteração, é fundamental procurar um urologista. O diagnóstico envolve:
- Exame físico: avaliação clínica detalhada dos testículos.
- Ultrassonografia escrotal: imagem que ajuda a identificar a natureza da alteração testicular.
- Exames laboratoriais: dosagem de marcadores tumorais no sangue, como alfafetoproteína (AFP), beta-HCG e desidrogenase lática (LDH).
Tratamento
O tratamento depende do tipo e estágio do tumor:
- Cirurgia: remoção do testículo afetado (orquiectomia inguinal radical) é geralmente o primeiro passo.
- Radioterapia: indicada principalmente para alguns tipos específicos de tumor.
- Quimioterapia: utilizada em casos onde há disseminação ou alto risco de recidiva.
A maioria dos pacientes retorna às atividades normais após o tratamento. A fertilidade geralmente é preservada, especialmente quando apenas um testículo é removido. No entanto, discussões sobre preservação da fertilidade e opções de reprodução assistida são recomendadas antes do início do tratamento.