Litotripsia extracorpórea no tratamento de cálculo renal

A litotripsia extracorpórea (LECO), também chamada de litotripsia por ondas de choque extracorpórea, é um procedimento realizado para tratar pedra nos rins, cálculo renal e urinário. Ela é feita a partir de ondas sonoras de frequência e amplitude controladas num dado espectro, por meio de uma fonte externa de energia e sendo dirigida por um colimador sônico. Assim, é possível fazer vibrações na área que abriga os cálculos para que eles sejam triturados ou esmagados.

Quais os tipos de litotripsia extracorpórea?

A técnica de litotripsia extracorpórea começou a ser desenvolvida tecnicamente no início dos anos 80 e, hoje, há diferentes tipos de LECO.

Confira alguns deles a seguir!

LECO eletrohidráulica
Esse é o princípio da geração de ondas de choque. Nesse procedimento, é usado um eletrodo dentro da água, que gera descarga elétrica de alta tensão. A faísca que é gerada causa a vaporização da água ao redor do eletrodo. Isso faz criar um gradiente de pressão em que é convertido em onda de choque.

LECO eletromagnética
No litotritor eletromagnético é gerado uma onda de choque plana que é focada por meio de uma lente acústica até o local onde o cálculo deverá se posicionado. Isso acontece com a ajuda do movimento de uma placa metálica, que está imersa em água dentro de um tubo.

LECO piezoelétrica
Esse método usa o litotritor piezoelétrico, que consiste em uma semiesfera com vários cristais piezoelétricos com foco no ponto escolhido. Assim, quando uma corrente elétrica excita os cristais, tende a vibrar e produzir pequenas ondas de choque, que convergem para a área focal.

Para quem é indicado a litotripsia extracorpórea?
A LECO é indicada para alguns tipos de cálculos que não tiveram como ser expelidos de forma natural, como os que têm 1 centímetro ou menos de diâmetro, que estão localizados na parte superior do ureter ou na pelve renal. A partir disso, os fragmentos quebrados conseguem ser eliminados pela urina.

Isso significa que a eficácia desse procedimento depende da localização, tamanho e natureza do cálculo. A LECO costuma trazer resultados bastante satisfatórios em 85% de cálculo de ureter superior, 80% dos casos de cálculo renal, 70% em cálculo de ureter inferior e 60% de cálculo de ureter médio.

A litotripsia extracorpórea tende a ser bastante segura para o paciente, porém só costuma ser contraindicada em caso de gravidez e em situações em que o indivíduo apresenta infecção urinária, órgão danificado ou outra condição que dificulte a saída natural dos fragmentos causados pela quebra dos cálculos.

Com ondas mecânicas de alta energia, que se propagam em meio líquido e penetram no corpo do enfermo em direção ao cálculo, a litotripsia extracorpórea teve grande aceitação mundial e se tornou um dos métodos mais conhecidos e utilizados pelos urologistas brasileiros para tratar quadros de litíase. Mas, para saber se você pode realizar esse procedimento, é necessário consultar o seu urologista, pois ele poderá fazer uma avaliação clínica mais aprofundada sobre o seu caso.

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