Nefrectomia radical no tratamento do câncer renal

A nefrectomia radical é indicada no tratamento do câncer renal. Os princípios clássicos são ligadura precoce do pedículo vascular renal, retirada do rim envolto pela fáscia de Gerota, incluindo a linfadenectomia retroperitoneal estendida e a adrenal ipsilateral. Esse procedimento pode ser realizado por diversas vias de acesso.

Em que casos é necessário realizar a nefrectomia radical?

A nefrectomia radical não deve ser considerada o tratamento padrão para todos os casos de câncer renal. Hoje, quando o paciente apresenta um tumor de menos de 4 cm de localização anatômica favorável, geralmente o melhor tratamento é com nefrectomia parcial, que favorece a sobrevida específica de 5 anos ao redor de 90%, semelhante com a obtida pela nefrectomia radical. Além disso, é notada uma menor chance de desenvolvimento de insuficiência renal após 10 anos de seguimento, promovendo uma maior sobrevida global.

Quando a nefrectomia radical é indicada?

  • Tumores localizados
    A nefrectomia radical é o tratamento mais eficaz em tumores múltiplos, maiores que 4 cm e em doenças localmente avançadas. Isso acontece porque eles tendem a apresentar resistência em grau variável a radioterapia, imunoterapia, hormonioterapia e quimioterapia.
  • Tumor com extensão vascular
    Os portadores de tumor com extensão vascular devem ser tratados cirurgicamente. Já em casos de extensão, quando a veia cava inferior fica abaixo do nível das veias supra-hepáticas, é necessário retirar o trombo concomitante por meio da nefrectomia radical.
  • Câncer renal
    A nefrectomia radical laparoscópica é considerada o padrão-ouro para paciente com doença confinada, podendo ser feita tanto por via transperitoneal quanto retroperitoneal. Na retroperitoneal, por exemplo, o acesso às estruturas hilares é mais rápido. Mas, em função do pequeno espaço de trabalho, a liberação do rim torna-se mais difícil, aumentando a probabilidade de conversão e mais habilidade do cirurgião.

Quais as contraindicações da nefrectomia radical laparoscópica?
As contraindicações específicas da nefrectomia radical laparoscópica são trombo tumoral que se estende para além da veia renal, doenças localmente avançadas com a acometimento de estruturas adjacentes e grandes massas linfonodais.

A nefrectomia laparoscópica é exequível na maioria das pessoas portadoras de tumor renal confinado T1 a T3a. Mas, em casos de tumores muito grandes, mesmo que confinados, é preciso que a operação seja com cautela. Por isso que os procedimentos devem ser sempre orientados por um urologista experiente e capaz de indicar o melhor tratamento para carcinoma de células renais localizadas.

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