Já ouviu falar em rim de ferradura?

Você já ouviu falar em rim em ferradura? Essa condição é a mais comum de todas as anomalias de fusão renal e ocorre em 0,25% da população geral, sendo mais frequente em homens. Consiste na distinção de duas massas renais em cada lado da linha média, ligadas por parênquima ou istmo fibroso por seus respectivos polos, sendo mais frequente na parte inferior.

Ele lembra a forma de uma ferradura e pode estar localizado na posição anatômica habitual dos rins, sendo a fusão o seu único defeito. O rim em ferradura pode causar problemas com a pedra no rim, pois o escoamento da urina fica prejudicado, facilitando, assim, a sedimentação dos produtos sólidos. Além disso, as pessoas afetadas são mais propensas a uma variedade de complicações, como litíase renal, obstrução da junção ureteropélvica, trauma, infecções e tumores.

No passado, o diagnóstico era feito por exames radiológicos contrastados. Mas, recentemente, foi possível o diagnóstico ultrassonográfico que se baseia na demonstração de um istmo unindo os polos renais (em 95% das vezes o inferior) na linha média à frente dos grandes vasos.

Ele também é frequentemente associado com malformações tanto as geniturinárias quanto as não geniturinárias, sendo parte de uma série de síndromes: cromossômicas e/ou aneuplóidicas: síndrome de Down, síndrome de Turner, síndrome de Edward (trissoma 18) e síndrome Patau (trissomia 13) e não aneuplóidicas: síndrome de Ellis-van Creveld 2, anemia de Fanconi 1, síndrome de Goltz, síndrome de Kabuki e síndrome de Pallister-Hall.

O rim em ferradura não provoca sintomas, na maior parte dos casos, e é comum ser descoberto em exames. Ele pode estar associado à nefrotilíase, estenose da junção ureteropélvica, hipertensão renovascular, rins policísticos e fígado policístico. Quando existem sintomas, estão normalmente relacionados à obstrução urinária ou a episódios de infecção urinária.

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