Epididimite aguda causa dores e edemas no epidídimo

Epididimite aguda é uma síndrome clínica que aparece como consequência de uma inflamação e infecção do epidídimo (ducto microscópico muito longo que as células espermáticas produzidas no testículo atravessam), acompanhada de dores e edemas tanto no epidídimo quanto no hemiescroto correspondente, além de febre baixa. Ela também é caracterizada por hiperemia e infiltrado celular (constituído por macrófagos, neutrófilos e linfócitos). A predominância tende a ser mais comum em indivíduos adultos, raramente surge antes da primeira década de vida.

Quais agentes estão relacionados às epididimites?

Diversas causas estão relacionadas aos epididimites, mas há maior frequência nas infecções por gonococos, clamídia e coliformes (E. coli, Klesbsiella, Proteus, Pseudomonas).

Os microorganismos patogênicos são identificados em apenas 32 a 50% das epididimites agudas. A forma clínica da doença costuma surgir em pessoas com uretrites (infecção na uretra), cirurgia prostática e manipulação uretral.

Além disso, é importante lembrar que a tuberculose genital, aparecimento de abscessos locais e infecções urinárias associadas podem ser responsáveis por haver persistência das manifestações de epididimite. Já em pessoas com mais de 35 anos, as epididimites agudas transmitidas sexualmente são pouco frequentes.

Como é feito o diagnóstico da epididimite aguda?

A epididimite é diagnosticada pela anamnese e pelos antecedentes. Da mesma forma que é feito exame clínico, também podem ser realizados exames externos, como palpação e compressão dos epidídimos através do escroto.

Como é feito o tratamento da epididimite aguda?

O tratamento das epididimites agudas varia conforme a gravidade. Mas, em boa parte dos casos, são receitados analgésicos, antibióticos e anti inflamatórios. O médico também costuma orientar que o paciente fique em repouso.

Quando o paciente está com sintomas mais intensos, como febre e prostração, ele pode precisar ser hospitalizado e necessitar de hidratação intravenosa e administração de antibióticos.

As epididimites agudas evoluem em alta porcentagem para cura. Entretanto, em 5% e 7% dos casos, a doença pode evoluir para a epididimite crônica, que é caracterizada por constantes dores do escroto, mas sem apresentar sinais flogísticos e sem edemas do epidídimo afetado. Seja qual for a causa da patologia, é importante consultar o urologista regularmente para que haja a identificação e tratamento correto do problema.

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